QUINTA-FEIRA, 14 DE JUNHO DE 2012
23º Prêmio da Música Brasileira coroa a consagração de Criolo em 2011
Em sua 23ª edição, o Prêmio da Música
Brasileira coroou a consagração obtida pelo rapperpaulista
Criolo ao longo de 2011. Criolo - que cantou o samba De
Frente pro Crime (João Bosco e Aldir Blanc, 1974) na homenagem prestada ao
cantor e compositor mineiro João Bosco no palco do Theatro Municipal do Rio
de Janeiro em 13 de junho de 2012 - levou para a casa os troféus de Melhor
Álbum e Melhor Cantor na
categoria Pop / Rock / Reggae / Hip Hop / Funk, além de ter
ganhado o prêmio de Revelação (a Melhor
Cantora da categoria foi Marisa Monte, representada por seu
empresário Leonardo Netto). A premiação de Criolo - visto na
foto com Zélia Duncan, uma das apresentadoras da cerimônia dirigida pelo
empresário José Maurício Machline, idealizador do prêmio - seguiu
a tendência da mídia, que transformou o artista na sensação musical de 2011
por conta do segundo álbum do rapper, Nó na
Orelha. Já a escolha de Poesia Musicada como
o Melhor Álbum da categoria MPB repetiu
a premiação da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), que elegeu o
álbum de Dori Caymmi o melhor disco de 2011. Dori foi também laureado com o
troféu de Melhor Cantor da categoria, prêmio
concedido a Mônica Salmaso na ala feminina. Já Passo Torto - quarteto
paulista formado por Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos e
Romulo Fróes - foi premiado como oMelhor Grupo. Na
categoria Samba, Fabiana Cozza levou com justiça o prêmio
de Melhor Cantora enquanto Arlindo Cruz foi
o Melhor Cantor e Beth Carvalho -
representada por sua filha Luana Carvalho - foi contemplada com o troféu
de Melhor Álbum por conta de Nosso
Samba Tá na Rua, seu primeiro álbum de inéditas em 15 anos. Já a
categoria Regional rendeu troféus a artistas de repercussão
realmente regional - fato inédito na história do Prêmio da Música Brasileira.
A categoria foi dominada pelo cantor e compositor pernambucano Herbert
Lucena, vencedor dos prêmios de Melhor Álbum e Melhor
Cantor por conta de seu CD Não me
Peçam Jamais Que Eu Dê de Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho pra Vender (2011).
Socorro Lira e Ponto BR foram, respectivamente, a Melhor
Cantora e o Melhor Grupo da
categoria. Na elástica categoria Canção Popular, Alcione ganhou
os troféus de Melhor Cantora e de Melhor
Álbum justamente por um disco, Duas
Faces - Jam Session, que a afastou momentaneamente de sua
habitual trilha popular. Na ala masculina, Cauby Peixoto - aplaudido de pé
pela plateia de convidados - foi eleito o Melhor
Cantor por conta de CD ao vivo que celebrou em 2011 seus 80 anos
de idade e 60 de carreira. Em categorias especiais, foram premiados os
discos O Samba Carioca de Wilson Baptista (Projeto
Especial), Lá Onde Eu Moro, de João
Hermeto (Álbum de Eletrônico); Não me
Peçam Jamais Que Eu Dê de Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho pra Vender, de
Herbert Lucena (Projeto Gráfico), Embolada, de Rita
Rameh e Luiz Waack (Álbum Infantil); Liszt:
Harmonies Du Soir, de Nelson Freire (Álbum Erudito)
e Goodnight Kiss, de Delicatessem (Álbum em
Língua Estrangeira). Coerente no todo, a 23ª edição do Prêmio
da Música Brasileira pecou somente por minimizar a
importância do álbum Recanto, de Gal Costa. Afinal, Recanto foi
- ao lado do álbum de Criolo - a sensação de 2011. Vacilo do corpo de jurados
de um prêmio que se consolidou ao longo de seus 23 anos por celebrar a
diversidade e a segmentação que pautam a boa música brasileira.
Postado
por Mauro
Ferreira às 11:00
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