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domingo, 10 de fevereiro de 2013

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BLOG NOTAS MUSICAIS

Um guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, forró, soul, rap, blues, sertanejo e clássico. Atualizado diariamente. De domingo a domingo. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto do blog em qualquer veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem prévia autorização do autor do blog.

DOMINGO, 10 DE FEVEREIRO DE 2013


Com 'tesão total', Zélia manda papo reto e canta Alceu em show no Recife

Recife (PE) - "...Tesão total tocar no Recife, cidade que faz o maior Carnaval do mundo", sentenciou 
Zélia Duncan, após cantar Tua  boca (Itamar Assumpção, 1993), jogando confetesno público que assistia
 ao seu show no Marco Zero, no Centro Histórico da Capital de Pernambuco. Atração do Carnaval do 
Recife (PE) neste ano de 2013, a cantora e compositora fluminense - vista em foto de Rodrigo 
Amaral - entrou em cena já aos primeiros minutos deste domingo, 10 de fevereiro, e aproveitou
 a oportunidade de pisar no palco mais importante do Carnaval recifense, conquistando a atenção da 
plateia-foliã com eletrizante show de sucessos. Montado com os hits colecionados pela artista entre 1994
 e 2012, o roteiro irmanou músicas do recém-lançado álbum Tudo esclarecido (2012) - caso do samba-
rock Cabelo duro (Itamar Assumpção, 2004), caracterizado em cena como um "papo reto de 
Itamar Assumpção" - e sucessos de Alceu Valença, cujos discos Zélia revelou ter ouvido com emoção 
para pinçar algumas músicas do compositor pernambucano para o roteiro. De Alceu, Zélia reviveu 
Anunciação (Alceu Valença, 1983) - com citação de Tomara (Alceu Valença e Ruben Valença Filho, 1992) 
- e Tropicana (Alceu Valença e Vicente Barreto, 1982), unida ao coco Coração bobo (Alceu Valença, 1980)
 em medley ditado pelo ritmo do xote e do reggae, não por acaso aberto com Nos lençóis desse 
reggae (Christiaan Oyens e Zélia Duncan, 1994). Sob a direção musical do baixista Ézio Filho, integrante
 de banda que incluiu o guitarrista Webster Santos e o parceiro e amigo de fé Christiaan Oyens, a cantora 
deu voz grave e entusiasmada à parceria com Moska (Carne e osso, 2005) e a sambas de Itamar 
Assumpção (1949 - 2003) - Leonor(2004), temperado com o toque nordestino da sanfona de Leo Brandão
 - e Tom Zé (, tema de 1976, composto por Zé com Elton Medeiros). Coeso, o show jamais perdeu o
 pique e rendeu momentos inebriantes. Um deles foi quando uma chuva de papel picado caiu sobre a 
plateia da área vip durante o verso "Espero a chuva cair", da balada pop Enquanto durmo (Christiaan Oyens
 e Zélia Duncan, 1996). O segundo sol (Nando Reis, 1999) também brilhou na noite recifense. "Toda vez
que a saudade aperta eu canto", confidenciou Zélia, em alusão à falta que o Brasil sente de Cássia Eller 
(1962 -2001), intérprete original da balada de Nando. A plateia cantou a música a plenos pulmões, 
sinalizando que a saudade de Cássia é geral.  Filha de pai nordestino, como enfatizou com orgulho em
 cena, Zélia também fez seu Carnaval pop com músicas do centenário compositor pernambucano
 Luiz Gonzaga (1912 - 1989), lembrado com os baiões Qui nem jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira,
 1950) e Respeita Januário (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950), encadeados no roteiro com o 
arretado forró Vê se me esquece (Itamar Assumpção e Alice Ruiz, 1993). A rigor uma estranha no ninho
 da folia recifense, Zélia Duncan honrou a oportunidade de exercer seu ofício no palco do Marco Zero. 
Com tesão total, a cantora mandou papo reto em show que injetou ânimo na plateia que já recebera Siba
 com certa frieza e que aguardava Lenine, última atração da noite.


O blog Notas Musicais cobre o Carnaval do Recife (PE) a convite da Prefeitura do Recife.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...
Recife (PE) - "...Tesão total tocar no Recife, cidade que faz o maior Carnaval do mundo", sentenciou Zélia Duncan, após cantar Tua boca (Itamar Assumpção, 1993), jogando confetes no público que assistia ao seu show no Marco Zero, no Centro Histórico da Capital de Pernambuco. Atração do Carnaval do Recife (PE) neste ano de 2013, a cantora e compositora fluminense - vista em foto de Rodrigo Amaral - entrou em cena já aos primeiros minutos deste domingo, 10 de fevereiro, e aproveitou a oportunidade de pisar no palco mais importante do Carnaval recifense, conquistando a atenção da plateia-foliã com eletrizante show de sucessos. Montado com os hits colecionados pela artista entre 1994 e 2012, o roteiro irmanou músicas do recém-lançado álbum Tudo esclarecido (2012) - caso do samba-rock Cabelo duro (Itamar Assumpção, 2004), caracterizado em cena como um "papo reto de Itamar Assumpção" - e sucessos de Alceu Valença, cujos discos Zélia revelou ter ouvido com emoção para pinçar algumas músicas do compositor pernambucano para o roteiro. De Alceu, Zélia reviveu Anunciação (Alceu Valença, 1983) - com citação de Tomara (Alceu Valença e Ruben Valença Filho, 1992) - e Tropicana (Alceu Valença e Vicente Barreto, 1982), unida ao coco Coração bobo (Alceu Valença, 1980) em medley ditado pelo ritmo do xote e do reggae, não por acaso aberto com Nos lençóis desse reggae (Christiaan Oyens e Zélia Duncan, 1994). Sob a direção musical do baixista Ézio Filho, integrante de banda que incluiu o guitarrista Webster Santos e o parceiro e amigo de fé Christiaan Oyens, a cantora deu voz grave e entusiasmada à parceria com Moska (Carne e osso, 2005) e a sambas de Itamar Assumpção (1949 - 2003) - Leonor (2004), temperado com o toque nordestino da sanfona de Leo Brandão - e Tom Zé (Tô, tema de 1976, composto por Zé com Elton Medeiros). Coeso, o show jamais perdeu o pique e rendeu momentos inebriantes. Um deles foi quando uma chuva de papel picado caiu sobre a plateia da área vip durante o verso "Espero a chuva cair", da balada pop Enquanto durmo (Christiaan Oyens e Zélia Duncan, 1996). O segundo sol (Nando Reis, 1999) também brilhou na noite recifense. "Toda vez que a saudade aperta eu canto", confidenciou Zélia, em alusão à falta que o Brasil sente de Cássia Eller (1962 -2001), intérprete original da balada de Nando. A plateia cantou a música a plenos pulmões, sinalizando que a saudade de Cássia é geral. Filha de pai nordestino, como enfatizou com orgulho em cena, Zélia também fez seu Carnaval pop com músicas do centenário compositor pernambucano Luiz Gonzaga (1912 - 1989), lembrado com os baiões Qui nem jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950) e Respeita Januário (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950), encadeados no roteiro com o arretado forró Vê se me esquece (Itamar Assumpção e Alice Ruiz, 1993). A rigor uma estranha no ninho da folia recifense, Zélia Duncan honrou a oportunidade de exercer seu ofício no palco do Marco Zero. Com tesão total, a cantora mandou papo reto em show que injetou ânimo na plateia que já recebera Siba com certa frieza e que aguardava Lenine, última atração da noite.

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